A história da aviação inicia-se com o lançamento do balão Montgolfieriano, nos finais do sec. XVIII, muito embora alguns autores considerem que somente teve início com os irmãos Wright (Orville e Wilbur), uma vez que foi a primeira vez que um objecto voou mais pesado do que o ar. Paralelamente ao decurso da evolução tecnológica das máquinas voadoras, encontram-se também a evolução legislativa, institucional e de infra-estruturas. Um dos pontos mais marcantes na evolução legislativa foi a conferência de Chicago em 1944, influenciando a legislação e regulamentação sobre aviação civil a nível mundial. Em Portugal e a nível institucional, o primeiro passo foi dado, em 1944, com a criação da Secretaria da Aeronáutica civil ficando responsável por todos os assuntos relativos às questões aeronáuticas
Também as infra-estruturas seguem paralelamente a evolução. Em 26 de Julho de 1938 é destinada a Portela de Sacavém para a construção do Aeroporto de Lisboa. Falar de aeroportos é falar também de navegação aérea. A actividade da navegação aérea poderá ser representada por um triângulo de recursos humanos, onde os vértices são: a estrutura do espaço aéreo, os equipamentos e sistemas, e a regulamentação.
Em relação ao primeiro vértice, há a referir a soberania do espaço aéreo, a configuração do espaço aéreo, e os serviços de tráfego aéreo prestados. Em relação ao segundo vértice, recorre-se a diferentes tipos de equipamentos e sistemas de apoio à gestão do tráfego aéreo: a) sistemas de navegação; b) sistemas de comunicações; c) sistemas de vigilância, d) sistemas subsidiários de: de visualização e gestão de tráfego; ferramentas auxiliares de gestão de espaço; meteorologia, etc.
Os profissionais do controlo de tráfego aéreo vêem-se a braços com uma multiplicidade de matéria reguladora que abarca várias vertentes da prestação dos serviços de tráfego aéreo. Os requisitos para esta profissão, também seguiram a sua história de vida, tendo sido iniciados em 1946, com a publicação dos requisitos mínimos para Oficial de Circulação Aérea, emitida pela PICAO. Actualmente os Controladores de Tráfego Aéreo encontram-se integrados no sistema de trabalho técnico-empresarial em locais de trabalhos específicos. Algumas dessas especificações estão relacionadas com a estrutura do espaço aéreo, como esse espaço é controlado nas diferentes horas do dia, do fluxo de tráfego aéreo, particularmente do volume de trabalho, do desenho sectorial e do sistemas de pausas. Ainda no contexto de navegação aérea, encontram-se os profissionais de Informação e Comunicações Aeronáuticas, sendo uma das profissões que na prática se interliga com o controlo de tráfego aéreo. Todas as profissões do mundo aeronáutico andam a par com o crescimento e desenvolvimento da aviação. Na actualidade, a uso da viagem aérea é visto como um bem de utilidade necessário, sendo somente possível se for baseado na manutenção de elevados níveis de segurança, na redução de custos, e na capacidade de adaptação dos sistemas a crescentes níveis de procura. Toda esta envolvente de movimento de pessoas, só é possível se o sistema assumir a perspectiva globalizante em termos tecnológicos, legislativos, políticos e sociais.
Palavras – Chave: história de Portugal, aviação, navegação aérea, regulamentação, espaço aéreo, equipamentos e sistemas, controlador tráfego aéreo, sistema de trabalho, esforço mental, volume de trabalho, técnico de informação e comunicações aeronáuticas
Na imagem acima o grande pai da aviação, o inventor do AVIÃO, Alberto Santos Dumont.
